"O Amor"
" A responsabilidade para com o cúmplice é o amor. Mas um amor sem erotismo, sem concupiscência. E amor sem interesse, radicalemtne gratuito (...) É um amor e uma responsabilidade sem contrato. O rosto transformou a cara da corporeidade em imperatico: o outro deve ser tomado sempre como fim e nunca como meio. (...)
O amor é um movimento, um modo de acesso ao outro, um avançar até ao seu ser, superando a sua simples existência real, em diracção ao absoluto moral. O mundo dos valores é universal e está fora de espaço e do tempo; a única forma de chegar a esse mundo é através da sua manifestação. Esta é a relação de alteridade, o que aqui decidimos chamar cumplicidade. (...) O outro deixa de ser estranho e converte-se num cúmplice. Esta cumplicidade com o outro é essencialmente moral e consequentemente responsável. (...)
O outro, como roste, é cúmplice, esxige o respeito absoluto ainda que socialmente não existam razões para conceder-lho. O outro olha-me e o seu olhar pode coisificar-me, pode converter-me em meio para um fim. Em tal caso, o encontro social não pode converter-se em encontro ético. O olhar ético não é um olhar de predador, mas sim um olhar para o reconhecimento. (...) O rosto que me olha afirma-me, respeita-me e ama-me."
J.-Carles Mélich
Isto solidifica a minha "teoria" e prova-a como racional. Uma curte não funciona comigo e não entendo como pode funcionar com alguém. Não gosto de coisificar-me nem de coisificar os outros por isso tudo o que faço tem uma lógica... Chamem-me conservadora se quiserem...